O estado do Rio de Janeiro está se especializando na arte: de nos deixar em estado de choque.
Guerra no morro, morros abaixo e fogo acima no trabalho de um ano todo de três escolas de samba da capital.
Nem bem digeríamos o tanque de guerra destruindo barricadas e as calorias que ganhamos nas festas de fim de ano, vimos terra deslizando e encobrindo brasileiros, que certamente, cobertos de esperança estavam de saber onde e como passariam o carnaval que se aproxima.
Água demais caiu do céu. Infelizmente Deus não desceu junto pra tentar evitar o desastre. Azar.
Sorte de quem sobreviveu e pôde usufruir do que sobrou: água potável com 400% de inflação, e donativos que não foram desviados de sua rota.
É fogo. É muito fogo. Fogo pra mais de milhares de metros quadrados de fantasias e alegorias.
Não foi efeito especial de dia de desfile, mas um desfile de defeito excepcional que acizentou o colorido da avenida.
Prejuízo maior que o financeiro, é o psicológico, o que se viu, se sentiu.
Uma sequência devastadora de revezes, nesse estado que abriga a "Cidade Maravilhosa".
Temos um mês pra apagar o que queima a memória. A vida pra dizer se o Rio de Janeiro continua lindo.
A ironia? Se não achou, releia tudo com atenção. Ou não.
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